É uma trepadeira lenhosa alta, com raiz grossa. As folhas são
alternas, curto-pecioladas, ovado-oblongas ou lanceoladas, agudas ou
acuminadas, obtusas na base, pequenas, crenado-dentados, coriáceas, verdes na
página superior e verde-pálido ou glaucas na inferior.
As flores são pedunculadas, aromáticas, brancacentas ou amarelo-pálido, avermelhadas ou rosa-pálido.
A Pharmacopeia dos Estados Unidos do Brasil 1ª edição (1926) caracteriza a
raiz do Cipó Suma, que é encontrada no comércio em pedaços de dimensões variáveis,
cilíndricos e tortuosos. A superfície lateral é pardo-clara ou
pardo-amarelada, muito rugosa, sulcada longitudinalmente e apresenta algumas
fendas transversais, mais ou menos profundas, que chegam às vezes a atingir a
zona lenhosa. A secção transversal mostra uma casca mais ou menos espessa, de
cor pardacenta, nitidamente separada do cilindro lenhoso,
que é de cor amarelada ou amarelo-parda e caracterizado por numerosas estrias
radiais bem aparentes e por uma infinidade de pequeninos poros. Quando
é seca, esta raiz se parte com facilidade. Exala um cheiro semelhante ao da
couve, entretanto é enjoativo, o qual se atenua muito pela dessecação,
chegando a desaparecer inteiramente. O sabor é amargo e desagradável.
Nome Científico: Anchietea salutaris St. Hill. Sinonímia: Anchietea pyrifolia (Mart.
G. Don); Noisettia roquetefeuilliana St.-Hill.
Nome Popular: Cipó Suma, Pereiguar,
Piraguara e Piriguara, em português; Bejuco e Isipó-Mi, na Argentina.
Família Botânica: Violaceae.
Parte Utilizada: Cipó.
Princípios Ativos: Anchietina (glicosídeo); Amido; Matérias Resinosas;
Matérias Pépticas.
Indicações e Ações Farmacológicas: É usado popularmente nas afecções
cutâneas, furunculose, nas manifestações sifilíticas, secundárias. Atua sobre
as mucosas, no combate as irritações, sendo assim empregado nas faringites,
coriza, conjuntivites, coqueluche e tosses. O uso provoca abundante
salivação, e portanto bem tolerado pela mucosa
estomacal, permitindo o uso prolongado. Possui ação depurativa e silagoga.
Um estudo realizado em nosso país demonstrou atividade antiinflamatória e
analgésica do extrato aquoso da raiz do Cipó Suma em camundongos administrado
por via oral (BOTELHO, P. E.; CARDOSO, G. L. C.;
PERREIRA, N. A., 1998).
Toxicidade/Contra-indicações: Não há referências nas
literaturas consultadas.
Dosagem e Modo de Usar: A medicina popular atribui as seguintes preparações:
• Infusão ou Decocção a 1%: de 50 a 200 cc por dia;
• Extrato Fluido: de 1 a 2 cc por dia;
• Tintura: de 5 a 10 cc por dia;
• Xarope: de 50 a 100 cc por dia.
Referências Bibliográficas:
• ALBINO, R. Pharmacopeia dos Estados Unidos do Brasil. 1ª edição. 1926.
• CORRÊA, M. P. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil. IBDF. 1984.
• COIMBRA, R. Manual de Fitoterapia. 2ª edição. Cejup. 1994.
• BOTELHO, P. E.; CARDOSO, G. L. C.; PERREIRA, N.
A., Contribuição ao
Estudo Farmacológico do Cipó-Suma, Revista Racine, nº 43, 1998.
Pedido Fone 43 3325 5103
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