Voltar a pagina anterior	CONGESTÃO NASAL		www.ervaslondrina.com.br
CONGESTÃO NASAL A respiração é uma das funções vitais do organismo humano, onde a função respiratória normal se faz por via nasal desde o nascimento e deve ser pelo resto da vida. O sistema respiratório, como o próprio nome diz é responsável pela respiração, o qual pode ser dividido em vias aéreas superiores que corresponde ao nariz, as cavidades nasais, os seios paranasais, nasofaringe e a orofaringe, e vias aéreas inferiores que são compostas pela laringe, traquéia, brônquios e pulmões. A mucosa nasal é a primeira barreira de defesa do sistema imunológico que retém pequenas partículas e possíveis alergênicos, que são deglutidos para nasofaringe. O nariz é dividido em duas partes anatômicas distintas fossa nasal direita e esquerda, tendo cada uma desta sua própria irrigação e inervação, a parte que antecedem as fossas nasais são denominadas de narinas, as quais podem ser diferentes dependendo da ração e nacionalidade. Os cornetos nasais são estruturas internas do nariz que controlam e direcionam o fluxo de ar da respiração. A inervação do nariz consiste do nervo olfatório, ramos das divisões oftálmica e maxilar, fibras parassimpáticas e simpáticas. A estrutura da circulação dos vasos nasais é diferente de outras porções do trato respiratório. Possui um sistema abundante de veias de capacitância e capilares profundos que são achados primariamente no cornetos nasais e septo nasal (é uma cartilagem que divide a cavidade nasal em direita e esquerda), sendo a base para o tecido nasal erétil. Este tecido erétil aumenta a área de superfície nasal, regula a resistência nasal e permite a regulação da temperatura, umidificação e filtragem do ar inspirado, já que as funções primordiais do nariz são aquecer, umedecer, filtrar o ar inspirado preparando - o para as vias aéreas inferiores. O tecido erétil exibe respostas simétricas e assimétricas. A resposta assimétrica é o ciclo fisiológico normal onde uma fossa nasal e os cornetos estão congestos e a outra fossa nasal e os cornetos estão descongestionados, ou seja, o ar passa apenas por uma narina enquanto a outra se mantem fechada, o que vai proporcionar um melhor fluxo aéreo para a respiração, este ciclo se alterna a cada 4 a 6 horas. A resposta simétrica é um descongestionamento nasal bilateral, que é a inspiração do ar pelas duas narinas abertas, que ocorre no exercício físico vigoroso e na hiperventilação, que desaparece gradualmente após 15 a 30 minutos do fim do exercício. A regulação da congestão e do fluxo sanguíneo nos vasos nasais é afetada por hormônios, nervos e condições locais. Um estimulo do sistema nervoso simpático permite que a rede vascular encha de sangue e aumente o volume dos cornetos, quando é necessário maior resistência da passagem do ar na cavidade nasal, como na exposição ao ar frio e seco. Em condições de menor resistência há um estimulo para o esvaziamento do sangue e, portanto, diminuição dos cornetos. Assim, alterações na atividade do sistema simpático provocaria congestão e descongestão dos vasos nasais, implicando alterações no fluxo aéreo. O sistema nervoso parassimpático participa da secreção glandular. A congestão dos cornetos e septo pode reduzir muito o diâmetro da via aérea e aumentar a resistência a ponto de causar completa obstrução da via aérea, ou seja, a congestão nasal é causada pela expansão da mucosa nasal que invade a luz aérea impedindo a passagem do ar. A congestão nasal é um dos sintomas freqüentes de reclamação proporcionada por algumas patologias, como: nas infecções do trato respiratório (resfriado comum e gripe), rinite alérgica e não alérgica, e asma. Pode ser causada também pela exposição a agentes irritantes contidos no ambiente de trabalho, os quais promovem uma resposta inflamatória não eosinofílica (uma inflamação não alérgica), lesões celulares diretas e aumento de secreção. O uso indiscriminado de medicamentos de venda livre ou o uso inadequado de alguns medicamentos de venda sob prescrição médica, e até mesmo drogas de abuso podem desencadear a congestão nasal. São exemplos destes medicamentos e drogas: - Descongestionantes de uso tópico: são simpatomiméticos que podem levar a uma importante diminuição da vascularização resultando em acúmulo de metabólitos de ação vasodilatadora. Ocorre assim, vasodilatação rebote, levando a congestão nasal. Esses medicamentos são de venda livre, devem ser utilizados segundo uma posologia e não aleatoriamente para evitar a congestão rebote. - Anti-hipertensivos: várias drogas anti-hipertensivas, de ação bloqueadora do sistema simpático, os betabloqueadores, podem levar a congestão nasal. Isso ocorre devido à supressão do efeito simpático, levando a vasodilatação. Caso o desconforto proporcionado pela congestão nasal seja não suportado, a medicação deve ser substituída por outro agente anti-hipertensivo. - Anticoncepcionais: podem levar a obstrução nasal devido ao efeito vasoativo dos estrógenos. - Cocaína: teoricamente, devido ao seu efeito vasoconstritor, a cocaína é capaz de levar a obstrução nasal por efeito rebote. Durante a gestação algumas mulheres se queixam de congestão nasal, que pode estar relacionado com alguns fatores como: o aumento dos níveis de estrógenos e progesterona, hormônios que podem estar correlacionados com edema da mucosa, e também a um aumento da atividade das glândulas mucosas. Os níveis de estrógenos aumentam notadamente no terceiro trimestre da gravidez. Devido a esta ação estrogênica algumas mulheres reclamam também de congestão nasal pré-menstrual. A congestão nasal ou obstrução nasal é um fator preocupante em relação às crianças, porque quando o padrão respiratório é alterado favorece a respiração oral, a qual está relacionada diretamente com as alterações do crescimento facial, fala, distúrbios alimentares, alterações posturais, dificuldades escolares e doenças do sono, que interferem na qualidade de vida da criança. Deve ser ter uma atenção dobrada, e não fazer uso discriminado de medicamentos em crianças, buscando sempre a orientação de um médico pediatra, e garantir uma alimentação adequada, manter higiene pessoal e do ambiente. Portanto, para melhor qualidade de vida é preciso manter um controle do ambiente doméstico e de trabalho, para evitar possíveis contatos com substâncias irritantes, não utilizar medicamentos sem orientação, procurando sempre consultar médicos para diagnóstico do incomodo e o farmacêutico para informações sobre os medicamentos, como interação medicamentosa e efeitos colaterais. Referências Bibliográficas

C